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Muito tem se debatido, na sociedade brasileira, sobre as crises das profissões
No ramo das ciências jurídicas, apesar da tão decantada crise, muitas oportunidades ainda são oferecidas as bacharéis que ano após ano, se multiplicam pelo Brasil afora. A maioria dos concursos públicos realizados, exigem com pressuposto, a conclusão do curso de direito.
Mas é certamente é a advocacia que atrai a maioria esmagadora desses bacharéis. E afinal, que fascínio é que atrai tantos pretendentes?
Tenho comigo, a convicção armazenada ao longo de anos a fio no magistério superior, e em contato com os acadêmicos, que a resposta é muito simples: A esperança de um mundo melhor !!!
É que ser advogado, não é apenas, ser um “fazedor de petições” para reclamar o direito alheio, como pensam alguns tecnicistas. É certamente mais que isso.
Os advogados, na verdade, são verdadeiros agentes de transformação social, interferindo diretamente na solução social dos conflitos do cotidiano, em juízo ou por dele, que se disseminam diariamente ma sociedade, envolvendo as relações no âmbito da família, nas relações de consumo, nas relações no trabalho, na agressão ao meio ambiente, no abandono da infância e da juventude, na banalização da vida humana, entre outras, como tem sido lamentavelmente constatado e alardeado pela mídia em geral.
É certo que nossa sociedade está doente, fragilizada, refém da violência, corroída pela corrupção, contaminada pela inoperância de alguns agentes públicos, que teimam em trair a confiança que essa mesma sociedade lhes outorgou, pela representação popular, como é peculiar e saudável nos regimes democráticos.
Não são raras as ofensas às prerrogativas constitucionais garantidas aos advogados, e também críticas e comentários desairosos, na mídia em geral, tentando desqualificar a profissão, louvando-se em exemplos negativos esporádicos, de alguns poucos maus profissionais, e que não podem, por certo, desqualificar e macular a pujança da classe.
Porém, não podemos sucumbir à desesperança que ameaça os brasileiros. É certamente, a atividade diuturna do advogado, ao lado de outros segmentos profissionais, ora assistindo os milhões de desamparados, ora acompanhando e orientando os prejudicados em alcançar seus direitos, em geral, que contribui sobremaneira para minorar os males sociais que emergem do cotidiano.
Por isso, temos que a advocacia, quando exercida com responsabilidade profissional e social, é atividade primordial à atividade jurisdicional, sendo a presença dos advogados e advogadas, essencial e determinante ao pleno exercício da cidadania.
Não existe, ao nosso ver, homenagem maior aos advogados, quando comemoramos mais “um dia do advogado”, do que ter a consciência da importância dessa profissão, vocacionada para o aprimoramento das relações sociais e humanas da sociedade brasileira.
REFERÊNCIA BIOGRÁFICA